Uma das maiores preocupações antes de começar nossa expedição, contamos neste post como foi nossa experiência até agora com as paradas policiais
Quando ainda estávamos começando a planejar essa grande aventura de percorrer as Américas em carro, ouvimos relatos de outros viajantes e overlanders sobre paradas policiais, as exigências de acordo com a legislação de cada país, corrupção, lugares mais conhecidos por esse tema, entre outros.
O mínimo que tínhamos a fazer era seguir as normas que regem o trânsito no Brasil, buscar informações sobre a legislação dos outros países e adotar as providências necessárias.
Nos deparamos com muitas informações desencontradas e parte disso é proposital, como percebemos no decorrer da expedição.
Confiamos nas autoridades mas infelizmente não podemos pensar que por trás de sua figura sempre está uma pessoa de bem, que realmente está ali para cumprir a lei e claro, oferecer segurança ao cidadão.
Partimos um pouco apreensivos sobretudo para quando estivéssemos fora do Brasil, mas tendo em mente alguns pontos:
– ter a documentação em dia e observar com muita atenção a legislação de trânsito quanto a circulação e ao carro – suas restrições e adaptações necessárias
– sempre buscar informações de regras de trânsito antes ou na entrada de cada país
– acatar a orientações da autoridade de trânsito
– não dar propina
Registramos todas as vezes que fomos parados e preparamos um mapa com a posição GPS, data e detalhe de como foi a parada, abordagem, documentos pedidos, um pouco do diálogo, etc.
Abra o mapa e navegue pelo menu a esquerda para ler os detalhes
Embora a maioria das abordagens tenha sido correta, em algumas oportunidades a conduta da autoridade policial foi no mínimo atípica, o que nos fez redobrar alguns cuidados e adotar outros:
– sinalizar a manobra com seta logo após a ordem de parada – é um procedimento óbvio mas que muitos esquecem e para não dar motivo de advertência ou multa é melhor redobrar a atenção
– manter as portas travadas – se pedem para descer do carro, me encarrego de cuidar da lateral do meu lado da porta traseira e a Ane se encarrega de cuidar da lateral dela e a frente do carro
– manter o motor ligado, a não ser que nos peçam para desligá-lo, ou quando nos pedem para descer do carro
– atender com cordialidade – e sempre um sorriso ajuda a quebrar o gelo
– ter sempre acesso fácil aos documentos de praxe para não ficar procurando na frente do policial – CRLV (documento do carro), CNH (habilitação), Termo de Importação Temporária, seguro (quando obrigatório), etc. Evitar deixar dinheiro junto com esses documentos.
– entregar apenas os documentos que forem pedidos
– responder estritamente o que for perguntado
– ter em mente respostas às perguntas mais comuns: de onde veio, para onde vai, de onde são, no que trabalham, etc. Outra coisa que parece óbvia mas gaguejar na resposta pode causar alguma situação embaraçosa
– nunca informar o destino exato
– se perceber algum procedimento estranho por parte do policial, manter a calma. Pode ser melhor não responder afirmações de imediato e que podem induzir a confundir-se. Numa abordagem no Peru o policial foi logo falando “aqui é obrigatório o uso de faróis durante o dia”. Não respondi pois tinha certeza que o farol estava ligado. Apenas esperei se ele continuaria com a mesma conversa. Em um instante ele já mudou de assunto e pediu os documentos
– evitar ficar a sós com o policial – alguns pedem para o motorista descer e o acompanhar até a traseira do carro ou até a viatura. Isso não aconteceu conosco mas ouvimos relatos que esse é um procedimento comum de alguns policiais corruptos
– ter sempre um celular ou uma pequena câmera em mãos e a vista do policial. Ainda que não esteja gravando nada, pode ser preciso simular que sim
– em caso de pedirem para revistar o carro – em alguns países isso foi comum -, permanecer junto ao policial e atento a todos os movimentos. Em caso de haver mais de um policial, evitar atender a duas ordens ao mesmo tempo. Acompanhar um deles na revista enquanto o outro passageiro permanece observando o movimento
– caso o policial alegue o cometimento de alguma infração que é do seu conhecimento, tentar ao menos explicar, dependendo da situação, é claro. Dependendo da gravidade da infração, o policial tem o poder discricionário para apenas advertir verbalmente e orientar
– confira se recebeu de volta todos os documentos entregues a autoridade
– após liberação, não esquecer de colocar o cinto caso o tenha tirado e de sinalizar a manobra com a seta
Quer entender melhor o por quê desses cuidados? Veja abaixo em detalhes como foi nossa experiência nas paradas policiais.
Enfatizamos que a maioria das experiências nas paradas policiais foi positiva e isso decorreu do profissionalismo policial e do nosso cuidado com o cumprimento da lei (documentação pessoal e do veículo válidos e permissões pertinentes a cada país), entretanto a existência de maus profissionais nessa área nos obriga a atentar para esses aspectos.
COMO FORAM AS PARADAS POLICIAIS
BRASIL – Chuí/RS – Exército
24/11/16 – Chuí/RS. Exército Brasileiro. Operação padrão. Soldado pediu CNH e CRLV e para abrir a porta traseira. Perguntou o que era o equipamento verde, respondi que era o fogão. Anotou os dados para controle estatístico e liberou. Tratamento respeitoso.
ARGENTINA – Monasterio – Policía Caminera
06/12/16 – Em Monasterio, no deslocamento entre Buenos Aires e Dolores, parada eletiva pela Policía Caminera. Pediram apenas o CRLV e CNH. Tratamento cordial.
ARGENTINA – San Clemente del Tuyú – Policía Caminera
07/12/16 – San Clemente del Tuyú. Policía Caminera. Parada eletiva. A Policial pediu somente o documento carro. Anotou os dados numa planilha, perguntou onde estávamos indo, nos deu boas vindas a San Clemente del Tuyú e liberou. Tratamento cordial.
ARGENTINA – Cmdte. Luis Piedrabuena – Gendarmería
19/12/16 – Comandante Luis Piedrabuena, a caminho de Río Gallegos. Gendarmería. Parada obrigatória. Não pediram documentos, apenas alertaram para os fortes ventos na continuidade da RN 3. Tratamento cordial.
ARGENTINA – Guer Ayke – Policía Caminera
19/12/16 – Guer Ayke – Polícia Caminera. Posto de Controle, parada obrigatória. Não pediram documentos, apenas perguntaram de onde vínhamos e para onde íamos, liberou em seguida. Tratamento normal.
ARGENTINA – Río Gallegos – Policía Caminera
20/12/16 – Río Gallegos, a caminho da Terra do Fogo. Policía Caminera. Parada obrigatória. Pediram apenas o passaporte. Alertaram para os fortes ventos na RN 3, próximo a Monte Aymond. Tratamento cordial.
CHILE – Villa Tehuelche – Carabineros
01/01/17 – No deslocamento entre Punta Arenas e Puerto Natales, parada eletiva pelos Carabineros. Pediram a habilitação e documento do carro. Tratamento cordial, nos deram informações de lugares a visitar
ARGENTINA – Perito Moreno – Policía Caminera
13/01/17. Perito Moreno, no deslocamento entre Bajo Caracoles e Los Antíguos. Parada obrigatória pela Policía Caminera. Pediram apenas a CNH. Tratamento cordial.
ARGENTINA – Los Antíguos – Policía Caminera
13/01/17 – Chegando a Los Antíguos, parada eletiva pela Policía Caminera. Pediram o CRLV e a CNH. Tratamento cordial.
CHILE – Cochrane – Carabineros
17/01/17. Abordagem em movimento por um Carabinero de moto para advertir de uma manobra equivocada que fiz na região central da cidade.
CHILE – Puerto Aysén – Carabineros
23/01/17 – Puerto Aysén. Passeando pela cidade, fomos parados num comando policial dos Carabineros. Parada eletiva. Carabinero pediu apenas a CNH. Após verificação apenas alertou quanto a data de vencimento da CNH em out/16 (já havia feito a renovação antes de sair do Brasil. Como a atual está vigente, guardei a nova para conservar o documento por mais tempo). Tratamento respeitoso.
ARGENTINA – Pagancillo – Policía Caminera
23/03/17 – Pagancillo, La Rioja – Parada obrigatória pela Polícia Caminera para todos os carros junto a um Posto de Controle Fitossanitário. Policiais pediram apenas meu documento pessoal, anotou dados e mandou seguir. Tratamento cordial.
ARGENTINA – Pie de Medano – Gendarmería
24/03/17 – Pie de Medano, próximo a Paloma Yaco no deslocamento entre El Eje e Cafayate. “Controle de Ruta”, foi o que disse o policial. Pediu para abrirmos a porta traseira, olhou superficialmente e mandou seguir. Não foi pedido nenhum documento. Tratamento respeitoso. Havia mais 4 policiais na operação que apenas permaneceram observando.
BOLÍVIA – Pazña – Polícia Caminera
12/04/17 – Pazña. Parada obrigatória com cancela na estrada. Apresentação obrigatória no Posto da Polícia Caminera em frente. Policial pediu CNH, os tickets de pedágio (de Potosí até esse lugar foram dos pedágios) e a Declaração Jurada (emitida na entrada do veículo no país).
Na expedição foi a primeira vez que houve alguns insinuação de propina. Policial carimbou os tickets, a Declaração Jurada e CNH, foi devolvendo e falando “te agradezco si me dejas algo de cariño” ou “te agradeço se me deixar algum agrado”. Nesse momento já com os documentos nas mãos eu já estava quase na porta de saída. “Sem entender nada”, disse “gracias” e saí.
BOLÍVIA – Villa Remedios – Exército
12/04/17 – Villa Remedios, parada obrigatória. Soldado do Exército pediu a Declaração Jurada, perguntou para onde estávamos indo e liberou rápido.
BOLÍVIA – La Paz – Policía de Bolivia (PNB)
15/04/17 – La Paz, a caminho de Carretera de La Muerte, parada obrigatória para todos os carros antes da praça de pedágio. Policial pediu a CNH e perguntou se o kit de primeiros socorros estava completo. Disse que sim mas ele não pediu para ver e mandou seguir. Tratamento normal.
BOLÍVIA – La Rinconada – Polícia Antinarcóticos
15/04/17 – La Rinconada, a caminho de Carretera de La Muerte, parada obrigatória para todos os carros. Policial pediu a CNH, perguntou para onde estávamos indo e liberou. Tratamento normal.
BOLÍVIA – Unduavi – Polícia de Bolívia (PNB)
15/04/17 – Unduavi, a caminho de Carretera de La Muerte, parada Policial obrigatória para todos os carros. Policial pediu o ticket de pedágio e CNH e liberou. Tratamento normal.
BOLÍVIA – Cotopata – Polícia de Bolívia (PNB)
15/04/17 – Cotopata, a caminho de Carretera de La Muerte, parada obrigatória para todos os carros no sentindo La Paz-Coroico para apresentação de ticket de pedágio pago na saída de La Paz e CNH. Policial recomendou cautela no caminho. Tratamento normal.
BOLÍVIA – Yolosita – Policia de Bolivia (PNB)
15/04/17 – A caminho de Carretera de La Muerte, Polícia Nacional da Bolívia. Parada obrigatória para todos os carros, saindo de Coroico em direção a La Paz. Policial pediu a CNH do comprovante de pedágio pago na saída de La Paz.
BOLÍVIA – Laja – Policía Nacional
16/04/17 – Laja, entre La Paz e Tiwuanaco. Policía Nacional. Parada obrigatória. Após a praça de pedágio , policial pediu a CNH, perguntou de onde éramos, disse que já morou em São Paulo, que brasileiro é gente boa, devolveu o documento e liberou.
PERU – Puno – Policía Nacional e Controle Aduaneiro
21/04/17 – Puno. Parada Policial obrigatória para fiscalização de documento e Controle Aduaneiro. O policial pediu o SOAT e o documento de admissão do carro no Peru. Tratamento cordial.
PERU – Deustua – Policía Nacional e Controle Aduaneiro
21/04/17 – Deustua. Parada Policial obrigatória para fiscalização e Controle Aduaneiro entre Puno e Arequipa. A policial pediu o SOAT e o documento de admissão do carro no Peru. Tratamento cordial.
PERU – Huamanmarka – Policía Nacional (Antidrogas)
05/05/17 – Huamanmarka. Polícia Nacional (antidrogas) próximo a Huamanmarka, a caminho de Santa Teresa. Parada obrigatória junto com o pessoal da Sunat. Tratamento normal. Comandante veio acompanhar a fiscalização por seu comandado que fazia inspeção superficial na parte traseira do veículo. Pediram CNH e documento do carro mas não solicitaram o Soat ou importação temporária. Comandante viu os documentos e estranhamente tirou o celular do bolso e os fotografou.
PERU – Pasamayo – Policía Nacional
25/05/17 – Pasamayo. Policía Nacional. Parada eletiva. Viatura da Polícia Nacional fazendo comando nesse trecho de subida (quatro policiais). Uma viatura chegou uns dois minutos depois que fomos parados. Policial na pediu a CNH e o Soat. Entreguei a CNH enquanto a Ane pegava o Soat ele me falou que era obrigatório o uso de farol (eu estava com o farol ligado mas não quis argumentar pois logo desconfiei da fala do policial).
Ao pegar o Soat me disse que havia algo errado quanto a vigência. Disse que deveria ser de um ano. Respondi que fiz o Soat apenas pelo tempo que ficaríamos no país (um mês inicial, depois compramos para mais um mês). Ele disse que não era assim, que a seguradora deveria ter me orientado. Respondi que se fosse assim deveria ser proibido a venda por período inferior.
Me perguntou quando entramos no país, respondi 20/04 e apresentei o Soat do primeiro mês. Ele não contestou mais uma vez de que deveria ser de um ano. Disse que ia conferir no sistema se nosso seguro estava vigente, caso contrário iria me multar. Ane ligou o celular e começou a gravar a abordagem.
Policial voltou dizendo que nosso seguro não estava registrado, portanto não tinha validade. Tirou um celular do bolso e acessou a internet mostrando a pesquisa com a placa do nosso carro (https://www.apeseg.org.pe/consultas-soat/). Mostrou a placa da viatura deles e fez a pesquisa para exemplificar. Não apareceu nada. Meio sem graça, tirou o celular do alcance da minha vista, digitou novamente (não consegui ver que placa ele digitou, aí sim apareceu um Soat de viatura/patrulha.
Perguntei a quem cabia registrar o seguro no sistema, ele respondeu que era a seguradora, que eles me enrolaram. Nisso passa outro policial que estava abordando outro carro, disse em voz alta que estávamos sem Soat, fazendo alguma intimidação. Eu disse ao policial que nos abordou, de que possivelmente devido ao formato da placa ter quatro números e não três como no Peru, que aí poderia estar o problema. Expliquei que já havia tido esse problema na Argentina e que tiraram o primeiro dígito na nossa placa e colocaram uma observação na carta verde. Ele mudou de assunto e disse para procurarmos a seguradora para esclarecer isso pois poderíamos ter problemas futuros. Assim não quis argumentar nada uma vez que já estava encaminhando a liberação. Procedimento muito estranho mas não insinuou nenhum pedido de propina.
PERU – Mancora – Policía Nacional
15/06/17. Mancora. Policía Nacional. Carretera na altura de Playa Tortugas/Ñure, Panamericana Norte. Parada eletiva. Tratamento normal. Policial pediu o documento do carro e CNH, perguntou de onde éramos e após conferência dos documentos nos liberou. Não nos pediu o Soat. Tratamento normal.
PERU – Zorritos – Policía Nacional
16/06/17 – Zorritos. Policía Nacional. Parada eletiva em movimento. Estávamos no trecho entre o centro de Zorritos e o Camping Swiss Wassi (Norte-Sul) quando cruzamos com uma viatura da Polícia Nacional. Vi que ficaram olhando e pelo retrovisor vi quando deram meia volta e vieram atrás. Mantive a velocidade em cerca de 40km/h e quando nos alcançaram ligaram o giroflex e deram sinal com o farol.
Policial nos abordou de maneira austera, pediu CNH, documento docomprovavam que comprovavam que estávamos legalmente no Peru e o documento de importação temporária do carro.
Enquanto separávamos esses documentos, o policial voltou à viatura e conversou com o policial mais antigo que permanecera ao volante sem descer para participar da abordagem.
Voltou e permaneceu do lado direito do nosso carro, próximo a janela do passageiro. Não sei se ficou constrangido com o celular apontado para o lado esquerdo (embora não estávamos gravando).
Ao conferir tudo nossa devolveu com aparente contrariedade, não falou mais nada e saiu andando. Nos pareceu estranho todo o procedimento.
EQUADOR – Palmira – Policía Nacional
20/07/17. Palmira. Policía Nacional do Equador. Parada obrigatória. Policial pediu só CNH, conferiu os dados e liberou. Tratamento cordial.
EQUADOR – Baeza – Policía Nacional
12/08/17 – Baeza, no deslocamento entre Tena e El Chaco/Vulcão Reventador. Polícia Nacional do Equador. Parada eletiva. Ao abordar o policial olhou nosso carro ainda em movimento, sorriu e mandou seguir. O carro que vinha atrás ele mandou parar.
EQUADOR – Quito – Departamento de Trânsito
21/08/17. Na chegada a Quito, parada eletiva pelo Departamento de Trânsito da cidade. Agente solicitou a CNH e documento do carro, conferiu e devolveu.
COLÔMBIA – El Estrecho – Policía Nacional
19/09/17 – El Estrecho, no deslocamento entre El Remolino e Popayán. Polícia Nacional da Colômbia. Parada eletiva em posto policial. Policial abordou com cortesia, solicitou todos os documentos: CNH, CRLV (doc. do carro), SOAT e documento de importação temporária do carro. Perguntas de praxe (de onde viemos, para qual cidade íamos). Ane teve que descer para pegar o importação temporária e o policial pediu para eu descer também é abrir a porta lateral traseira esquerda e a traseira (quinta porta). Nessa altura já eram três policiais. Nos liberaram em seguida.
COLÔMBIA – El Estrecho – Policía Nacional
19/09/16 – El Estrecho, no deslocamento entre El Remolino e Popayán. Policía Nacional da Colômbia. Parada eletiva em comando policial (a segunda em dez minutos). Policial abordou com cortesia, imediatamente olhou uma pequena câmera que fica no painel e perguntou se ele estava sendo gravado. Eu disse que não, ao que respondeu “então é só uma pegadinha?”. Desconversei e ele pediu a CNH. Sem querer estava a CNH da Ane também. Ficou perguntado coisas aleatórias como quanto tempo estávamos viajando, no que eu trabalho, de qual país gostamos mais (Peru ou Equador?), se o carro deu problema, se para viajar de carro precisa muito dinheiro, enfim, nada relacionado a fiscalização. Achamos a abordagem bem estranha. Nos liberaram em seguida.
COLÔMBIA – El Cabuyo – Depto. de Trânsito y Ejercito
19/09/16 – El Cabuyo, no deslocamento entre El Remolino e Popayán. Departamento de Trânsito e acompanhamento do Exército da Colômbia. Parada eletiva. Terceira parada em meia hora. Agente pediu apenas a CNH, conferiu e liberou. Tranquilo.
COLÔMBIA – Montenegro – Policía Nacional
03/10/17 – Montenegro. Polícia Nacional da Colômbia. Abordagem em frente ao Parque do Café. Policial solicitou os pasaportes. Estava acompanhando de mais dois policiais mais novos. Após verificação dos passaportes os devolveu e ficamos conversando. Policial tranquilo e abordagem cordial.
COLÔMBIA – Caldas – Policía Nacional
11/10/17 – Caldas. Parada policial no deslocamento entre Jericó e Medellín. Polícia Nacional da Colômbia. Parada eletiva. Policial solicitou CNH, CRLV e Soat. Foi para trás do carro com esses documentos e demorou para voltar. Logo devolveu tudo, agradeceu e liberou. Tratamento austero mas correto.
COLÔMBIA – San Gil – Policía Nacional
25/11/17 – San Gil. Parada policial no deslocamento entre San Gil e Barichara. Policiais estavam com um uniforme diferente pois era atividade voluntária na qual pediam doação para criancas vitimas de minas terrestres na Colômbia. Não solicitaram documentos.
COLÔMBIA – Bucaramanga – Policía Nacional
27/11/17 – Bucaramanga. Parada policial no deslocamento entre Florida Blanca e San Alberto. Policial pediu apenas CNH, fez as perguntas de praxe e liberou. Tratamento cordial.
PANAMÁ – Cidade do Panamá – Parada Autoridade Nacional de Aduanas
23/12/17 – Cidade do Panamá. Parada pela Autoridade Nacional de Aduanas. Abordagem em movimento quando estávamos indo a Amador Causeway. Os dois agentes nos pediram apenas o Termo de Importação Temporária, conferiram e liberaram. Tratamento formal e correto.
PANAMÁ – Punta Bella – Exército e Fiscalização de Aduana
16/01/18 – Parada Policial e Fiscalização Aduaneira. Solicitação de parada por um soldado do Exército. Solicitou apenas os passaportes e o fiscal de aduanas pediu a importação temporária do carro. Tratamento cordial.
COSTA RICA – Tuba Creek – Policía de Frontera
19/01/18 – Polícia de Fronteira. Parada obrigatória para todos os carros (posto policial). Nos pediram primeiro a importação temporária e documento do carro e também os passaportes. Pediram para abrir a porta de trás mas não revistaram nada. Por fim nem olharam o passaporte. Agradeceram e ainda perguntaram como se agradecia em português.
NICARÁGUA – Masaya – Policía Nacional
18/02/18 – Em Masaya, no deslocamento entre Granada e o Parque Nacional Vulcão Masaya. Policía Nacional. Parada Eletiva. Policial fez algum gesto mas nada do que estamos acostumados. Ane me disse “acho que ele mandou parar”. Na dúvida encostei e dei marcha à ré. O policial me pediu os documentos. Entreguei a Importação Temporária (que ele olhou e me devolveu) e depois a habilitação. Logo falou “vou te dar uma multa”. O motivo é que eu cruzei de pista com faixa contínua – era o final de uma subida e no topo a pista desviava para outro lugar, então diminuí a velocidade, sinalizei mesmo sem ter carro atrás e voltei para a pista que precisávamos. Enquanto eu explicava para o policial, muitos outros carros fizeram o mesmo, ele viu e simplesmente não esboçou nenhuma reação. Me disse que faria a multa, que ficaria com minha CNH até que eu pagasse no dia seguinte (segunda-feira) no centro de Masaya, mas que se eu quisesse, PODERIA PAGAR PARA ELE TAMBÉM. Me fiz de desentendido mas ficou claro sua má intensão. Argumentei sem grosseria, que eu entendi o meu erro mas que ele deveria fazer o mesmo com outros motoristas, que se ele fizesse a multa, iríamos juntos para a delegacia. Logo ele chamou uma companheira para “fazer a multa”. A mesma pôs a caneta diversas vezes no talão mas não escrevia. Vencemos pelo cansaço. No final ela disse “toma o documento senão você vai chorar”. Bom, melhor nem seguir conversando. Logo fomos embora. Depois me dei conta que a Importação Temporária que o policial viu era da Costa Rica, ou seja, ele não conferiu nada.
HONDURAS – El Laure – Policía Nacional
22/02/18 – Em El Laure no deslocamento da Nicarágua a El Salvador. Policía Nacional. Parada Eletiva. Um policial na pista ordenou entrar na baia onde fica o posto de fiscalização. Lá fomos abordados por três policiais. Enquanto eu atendia o primeiro deles com apresentação da documentação (CRLV e CNH), o outro abriu a porta lateral atrás do motorista, perguntou o que estávamos carregando, fechou a porta e começou a falar de futebol. Logo nos liberou.
GUATEMALA – Água Escondida – Polícia Nacional
09/03/18 – No deslocamento entre Cidade da Guatemala e Panajachel. Comando policial e parada eletiva. Policial perguntou se o que estava no painel era uma câmera. Respondi que sim mas que não funcionava. Pediu a CNH, CRLV e o Termo de Importação Temporária. Em seguida pediu o passaporte. Eu disse que ia ter que pegar num outro compartimento, ele respondeu “deixa pra lá. A passear” e nos liberou.
GUATEMALA – Huhuetenango – Policía de Trânsito e Polícia Nacional
15/03/18 – No deslocamento entre Huhuetenango a La Mesilla (fronteira), comando policial e parada eletiva na saída da cidade. Policial pediu a CNH, CRLV, conferiu e liberou.
MÉXICO – Comitán de Dominguez – Fiscalização Aduaneira
23/03/18 – No deslocamento entre Comitán de Dominguez e San Cristobal de las Casas, parada eletiva. Nos pediram o Termo de Importação Temporária, conferiram e liberaram. Tratamento cordial.
MÉXICO – Tuxtla Gutierrez – Departamento de Trânsito
09/04/18. No deslocamento entre Chiapas de Corzo e Tuxtla Gutierrez fomos abordados em movimento por dois agentes de trânsito que estavam em duas motos. A abordagem foi pela janela do passageiro. Um dos agentes logo disse que não podíamos circular sem placas. Estranhei pois antes de sair de Chiapas de Corzo havia checado o carro. Respondi que as placas estavam lá, foram até a frente e viram a dianteira. Pediram o documento que autorizava a circulação no México e minha habilitação. Conferiram a Importação Temporária e disseram que estava ok mas que com minha habilitação não poderia dirigir no estado de Chiapas, tinha que solicitar uma autorização especial, uma espécie de tradução da minha CNH. Expliquei que entramos no México por Chiapas e que na aduana não disseram nada. Responderam que assim funcionava, que baseado num tal artigo 105 de uma legislação que não entendi, iam reter o veículo em um pátio por um dia enquanto pagávamos uma multa e tirávamos a autorização, mas que não poderiam reter a importação temporária e a CNH. Respondi que viajamos desde o Brasil e não tivemos nenhum problema desse tipo. Falei que tinha a Permissão Internacional para Dirigir e a apresentei. Ainda assim ele não queria aceitar, disse que eu não poderia dirigir um carro com mais de 3.500kg num verdadeiro chute pois nosso carro não passa dos 3.000kg. Tive que mostrar o que era a categoria AC, que tirei minha habilitação com caminhão, mostrei isso na descrição da PID. Aí o agente mais antigo sussurrou um “deixa” e então o primeiro disse que ia aceitar e me devolveram os documentos. Claro que isso nos deixou bastante aborrecidos mas ok, não demos nada de propina.
MÉXICO – Santo Domingo Zanatepec – Exército
11/04/18 – No deslocamento entre Ocozocoautla de Espinosa (Chiapas) a Santo Domingo Tehuantepec (Playa El Cangrejo) (Oaxaca). Parada eletiva do Exército. Soldado apenas fez as perguntas básicas, de onde, pra onde, de onde éramos. Desejou boa viagem e liberou. Tratamento cordial.
MÉXICO – San Gabriel Mixtepec – Polícia Vial
25/04/18 – San Gabriel Mixtepec. No deslocamento entre Puerto Escondido e Oaxaca. Abordagem estranha. Quando passamos pelo centro de San Gabriel Mixtepec três policiais saiam de um restaurante e estavam entrando em sua viatura. Dois km depois nos alcançaram na estrada e nos ultrapassaram apressadamente. Duas curvas depois estavam parando e rapidamente desceram. Na nossa aproximação mandaram parar. Um policial veio abordar, outro foi para trás do carro e o terceiro ficou na frente do carro rodeando. O policial que abordou estendeu a mão e cumprimentou a mim e a Ane, pediu minha CNH, perguntou de onde vínhamos, para onde íamos e de onde éramos. Disse “bom que estão com o cinto de segurança”. Pediu a importação temporária, ficou alguns (longos) instantes com os documentos na mão, olhava para nós e logo para o documento, mas depois devolveu. Ficamos um pouco assustados com todo o procedimento.
MÉXICO – Sayulita – Exército
11/06/18 – No deslocamento entre Puerto Vallarta e Guayabitos. Parada eletiva do Exército. Soldado apenas fez as perguntas básicas, de onde, pra onde, de onde éramos. Desejou boa viagem e liberou. Tratamento cordial.
MÉXICO – Loreto – Exército
26/06/18 – No deslocamento entre Loreto e Praia Armenta (Mulegé). Parada obrigatória para todos os carros pelo Exército. Soldado apenas fez as perguntas básicas, de onde, pra onde, de onde éramos. Perguntaram se viemos desde o Brasil com o carro, ficou admirado. Desejou boa viagem e liberou. Tratamento cordial.
MÉXICO – San Ignacio – Exército
27/06/18 – No deslocamento entre Mulegé e El Marasal. Parada obrigatória para controle do Exército. Soldado fez as perguntas de praxe, solicitou um documento para anotar dados numa planilha. O segundo soldado pediu para abrir a porta traseira, deu uma rápida olhada e liberou. Antes de sairmos ainda um deles comentou que o Brasil jogaria contra o México uma partida das oitavas de final do Mundial da Rússia, arriscou o placar e disse que dessa vez o México venceria. Entramos na brincadeira e logo seguimos caminho.
MÉXICO – Rosarito – Exército
29/06/18 – No deslocamento entre El Marasal e Bahia de Los Angeles. Parada obrigatória para todos os carros feita pelo Exército. Soldado fez vistoria mais rigorosa, pediu para abrir porta por porta, movimentou algumas coisas que estavam no assento. Não pediram documentos.
MÉXICO – San Felipe – Exército
02/07/18. No deslocamento entre San Felipe e Ensenada. Parada obrigatória pelo Exército numa área coberta tipo pedágio. Soldado vistoriu quase tudo o que estava por cima, abriu bolsa e necesaire da Ane. Tratamento austero mas respeitoso.
MÉXICO – Real del Castillo Nuevo – Exército
02/07/18 – No deslocamento entre San Felipe e Ensenada. Parada obrigatória pelo Exército. Soldado fez perguntas de praxe, perguntaram nossa profissão, não pediram documento e não vistoriaram o carro. Liberaram rápido.
EUA – El Segundo – Polícia Municipal
24/11/18 – Tivemos um problema elétrico a 2 km do local onde iríamos pernoitar, os faróis simplesmente deixaram de funcionar. Policial advertiu mas diante da explicação, pediu o documento do carro e a “drivers licence”. Perguntou há quanto tempo estávamos nos EUA, voltou até a viatura e dois minutos depois devolveu os documentos, orientou um local ao lado onde nos abordou, um centro comercial onde ele disse que poderíamos pernoitar sem problemas.
MÉXICO – Maneadero – Exército
25/01/19 – Deslocamento entre Ensenada e Punta Colonet. Posto de controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe, de onde, para onde, de onde éramos, aí o soldado começou perguntar coisas do Brasil. Amistosos e simpáticos.
MÉXICO – El Rosario – Exército
27/01/19 – Pouco antes de chegar a El Rosario. Posto de Controle do Exército. Parada obrigatória. Só perguntaram onde íamos e liberaram.
MÉXICO – Carretera Transpeninsular – Exército
27/01/19 – Deslocamento entre El Rosario e Cataviña. Posto de Controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe, tratamento cordial.
MÉXICO – Carretera Transpeninsular / Rosarito – Exército
30/01/19 – Deslocamento entre Bahía de los Angeles e Guerrero Negro. Posto de Controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe, tratamento cordial.
MÉXICO – Carretera Transpeninsular / San Ignacio – Exército
31/01/19 – Deslocamento entre Guerrero Negro e Mulegé. Posto de Controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe, havia um policial também no posto de controle. Soldado pediu para abrir a porta de trás e também vistoriaram uma mochila.
MÉXICO – Carretera Transpeninsular / Loreto – Exército
01/02/19 – Deslocamento entre Mulegé e Loreto. Posto de Controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe. Soldado pediu para abrir três portas, vistoriou o banco do motorista, a geladeira e a traseira do carro.
MÉXICO – Tijuana – Polícia Municipal
13/01/19 – Polícia Municipal. Policiais circulando com viatura ordenaram parada quando eu estava indo ao lava rápido. Me advertiram que transitei em uma rua na contramão. Expliquei que não vi nenhuma sinalização e me desculpei. Me perguntaram de onde eu era, pediram minha CNH e liberaram. Depois fiz questão de voltar na tal rua e realmente não havia nenhuma placa. Um homem que estava no lava rápido que presenciou a abordagem me perguntou se eles me pediram dinheiro, disse que não. Ele explicou que a rua é contramão mas que os policiais sabem da falta de sinalização, que vários carros fazem o mesmo e eles ficam num ponto estratégico, abordam e pareceu comum eles pedirem propina.
MÉXICO – Carretera Transpeninsular / Loreto – Exército
12/03/19 – Deslocamento entre Loreto e El Marasal. Posto de Controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe. Soldado pediu para eu e a Ane descermos e abrir uma a uma, as quatro portas, exceto a traseira, e em todas fez vistoria superficial.
MÉXICO – San Ignacio – Exército
12/03/19 – No deslocamento entre Loreto e El Marasal. Parada obrigatória para controle do Exército. Soldado fez as perguntas de praxe além de perguntar sobre meu trabalho. Logo partiu para uma conversa descontraída sobre café brasileiro e mexicano, que antes eles exportavam para o Brasil, etc. Tratamento cordial.
MÉXICO – Rosarito – Exército
13/03/19 – No deslocamento entre Guerrero Negro e Cataviña. Soldado fez vistoria superficial nas portas do lado do motorista e traseira, perguntas de praxe (de onde vem, pra onde vai, no que trabalha). Tratamento cordial.
MÉXICO – El Rosario – Exército
15/03/19 – No deslocamento entre Punta Baja e La Lobera. Parada obrigatória. Soldado perguntou de onde éramos. Quando respondi começou a falar de samba e até ensaiou um passinho. Pediu para abrir a porta traseira, entrou, levantou estofados e abriu a geladeira. Logo liberou.
MÉXICO – Maneadero – Exército
18/03/19 – Deslocamento entre o Parque Nacional San Pedro Mártir e Ensenada.Posto de controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe, “de onde vem, para onde vai” e mandou seguir.
MÉXICO – Popotla – Exército
19/03/19 – Deslocamento entre Ensenada e Tijuana. Posto de controle do Exército. Parada obrigatória. Perguntas de praxe, “de onde vem, para onde vai” e mandou seguir.
MÉXICO – Nuevo Laredo – Imigração
20/03/20 – Deslocamento entre Nuevo Laredo e Monterrey. Posto de controle da Imigração. Parada obrigatória. Agente solicitou os passaportes, perguntou para onde íamos e após checar os passaportes, os devolveu e mandou seguir.