Nunca pensamos que demoraria tanto. Tivemos vários imprevistos e foi preciso conter a ansiedade para pegar nosso caminho. Greve de banco, problema mecânico de última hora e um pouco de inexperiência também contribuíram para atrasar em três semanas a data da nossa partida.

Passada a turbulência, definimos o dia 24 de outubro para deixar tudo aqui e viver nosso grande sonho. Despertamos anestesiados, parecia que não estava acontecendo tudo aquilo. Ane amanheceu com uma forte enxaqueca e mesmo assim foi arrumando algumas coisas que faltavam carregar no Valente. Mesmo depois de remédio e repouso o incômodo não passou, então decidimos esperar um pouco para sair. Acabamos num Pronto Atendimento Médico e nossa primeira noite foi na casa da mãe dela, na cidade vizinha.

No dia seguinte a Ane já estava melhor e felizes e emocionados, nos despedimos de nossa família e alguns amigos. Despedidas normalmente não são agradáveis, ainda mais de pessoas que amamos. Mas é algo que vamos ter que acostumar pois temos a certeza que vamos conhecer pessoas pelo caminho que marcarão nossas vidas.

Como escreveu o Amyr Klink, “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Com isso em mente, partimos para nossa expedição, cheio de ideias, expetativas e sonhos para viver. Vem Conosco viver essa aventura!

 

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